De 2009 a 2018, o mundo perdeu 14% de seus corais devido ao aumento da temperatura da superfície do mar. A área perdida é maior do que todo o coral vivo na Austrália. A tendência deve seguir, à medida que o aquecimento persistir.

As conclusões são da mais detalhada análise sobre o tema até o momento, o relatório “Estado dos Recifes de Coral do Mundo: 2020”, publicado pela Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN) com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Apesar da degradação sofrida, o estudo indica que alguns recifes têm mostrado uma notável capacidade de recuperação, o que oferece esperança para o resgate futuro. Se as pressões sobre estes ecossistemas críticos diminuírem, os recifes degradados têm podem se recuperar dentro de uma década.

Legenda: O complexo habitat dos recifes de corais é essencial para abrigar altos níveis de biodiversidade
Foto: © Q.U.I. / Unsplash

O relatório Estado dos Recifes de Coral do Mundo: 2020, divulgado na terça-feira (5), documenta a perda de aproximadamente 14% dos corais desde 2009. A sexta edição do relatório produzido pela Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN), com apoio o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), fornece o quadro mais detalhado já existente sobre o impacto das temperaturas elevadas nos recifes de coral do planeta.

O documento, que é a maior análise da saúde global dos recifes de coral já realizada, se baseia em dados coletados por mais de 300 cientistas a partir de 2 milhões de observações individuais de 12.000 locais de 73 países abrangendo um período de 40 anos.

Os recifes de coral em todo o mundo estão sob o implacável estresse do aquecimento causado pelas mudanças climáticas e outras pressões locais, como a pesca excessiva, o desenvolvimento costeiro insustentável e o declínio da qualidade da água. A perda irrevogável dos recifes de coral seria catastrófica.

Embora os recifes cubram apenas 0,2% do fundo do oceano, eles abrigam pelo menos um quarto de todas as espécies marinhas, proporcionando um habitat crítico e uma fonte fundamental de proteína, bem como de medicamentos que salvam vidas. Estima-se que centenas de milhões de pessoas em todo o mundo dependem deles para alimentação, emprego e proteção contra tempestades e erosão.

Entre 2009 e 2018, o mundo perdeu cerca de 11.700 quilômetros quadrados de coral, mais do que todo o coral vivo na Austrália.

Fonte: ONU Brasil

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