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O pesquisador Antonio Carlos Freitas, da Embrapa Cocais, participa do recém-lançado Projeto SENSE – ação multi-institucional e internacional que se dedicará à inovação dos processos de mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) em Sistemas Agrícolas – com o modelo computacional DNDC – “Desnitrificação e Decomposição” de adubos orgânicos/fertilizantes. O Projeto SENSE representa novo estágio das pesquisas diante de cenários de incertezas – como escassez de insumos e eventos extremos (chuva e seca por exemplo) – o que demanda aplicação de técnicas de simulação computacional, possibilitando estudar cenários para minimizar incertezas e prejuízos.

Segundo Freitas, a iniciativa visa nova solução para gerenciamento de terras, construindo conhecimento por meio da combinação de sensores e análise de dados, baseada em computação de alto desempenho (HPC) e monitoramento em tempo real. “O DNDC é baseado em processos que possibilitam simular cenários contrastantes de fluxos de carbono, nutrientes, água e biomassa. Irei trabalhar na coleta e calibração de dados, alterar parâmetros das variações e fazer simulações de possibilidades para reflexão e tomada de decisões, considerando a realidade de mudanças climáticas. O refinamento desses estudos vai antecipar ajustes no manejo dos sistemas na fazenda  e trazer informações importantes também para o estado do Maranhão”.

Projeto SENSE

A especialização, a intensificação e a separação espacial dos sistemas de produção agrícola, pecuária e florestal são forte empecilho à sustentabilidade da diversidade ecológica e do equilíbrio climático. Sistemas circulares, como a ILPF, oferecem oportunidades para reduzir esses impactos ambientais e têm sido propostos para aumentar a eficiência do uso de recursos.

Assim, entender melhor o sistema e promover circularidade mais ajustada contribui para minimizar a pegada ambiental da agricultura. Esse é o objetivo do SENSE, melhorar a circularidade dos sistemas, promovendo a reciclagem e redução da entrada de insumos externos pelo aumento de eficiência. É uma nova etapa dos estudos sobre temas já presentes na pesquisa da Embrapa, como ILP, ILPF, adaptação a mudança do clima e mitigação de GEE, trabalhos conduzidos anteriormente com os projetos Carbioma, FLUXUS, PECUS, Integra-C e Goiás ABCnet.

Além da Embrapa Cocais, estão envolvidos no projeto a Embrapa Milho e Sorgo, líder do projeto, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agricultura Digital, Embrapa Trigo e Embrapa Cocais. Os países que integram essa pesquisa são: Escócia (Reino Unido), Holanda, Alemanha, Itália, Argentina e Uruguai, incluindo ainda a Nova Zelândia, de onde a Aliança Global para Pesquisas sobre Gases de Efeito Estufa na Agricultura (GRA) apoia os estudos realizados no Brasil e Uruguai.

Fonte: Portal da Embrapa

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