Na véspera do Dia da Mulher Negra, senadoras dizem que 'há pouco a comemorar'  https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/07/24/na-vespera-do-dia-da-mulher-negra-senadoras-dizem-que-ha-pouco-a-comemorar
Imagem representando Tereza de Benguela, que chefiou quilombo em MT e lutou contra a escravização no século 18Fonte: Agência Senado

O Senado fará sessão especial para homenagear o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra nesta segunda-feira (11), às 10h. O requerimento que pede a homenagem (RQS 496/2022) é da senadora Leila Barros (PDT-DF), com objetivo de celebrar a data e “fomentar o debate sobre a emancipação das mulheres negras e o fim da desigualdade étnico-racial.”

Símbolo de resistência e liderança na luta contra a escravização, Tereza de Benguela, ou ‘‘Rainha Tereza”, viveu no século 18 e assumiu a liderança do quilombo chefiado pelo marido, José Piolho, depois que ele foi assassinado, em Mato Grosso. Tereza apoiou a luta da comunidade negra e indígena contra a escravidão por duas décadas.

O dia 25 de julho foi instituído como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra por lei em 2014. A data foi criada para lembrar a luta das mulheres contra a escravização. 

Leila destaca que, apesar de a população negra e parda ser a maioria no Brasil, é também a que mais sofre com a violação de direitos fundamentais, realidade que encontra raízes no passado escravagista do país. Nesse contexto, as mulheres negras são as maiores vítimas, acrescenta a parlamentar.

“Urge, pois, ainda hoje — inobstante as muitas lutas e algumas conquistas) —, reflexão e discussão sobre as estruturas racistas e patriarcais que, historicamente, têm garantido a manutenção de privilégios em desfavor da população negra, em especial das mulheres negras, em nosso país”, diz no requerimento.

Fonte: Agência Senado

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