O turismo é muito mais do que visitar marcos culturais ou nadar em praias tropicais. Trata-se de “um dos setores econômicos mais importantes do mundo”, disse nesta terça-feira (25) o secretário-geral das Nações Unidas.

Ao lançar o seu mais recente relatório, Guterres destacou que a indústria emprega uma em cada dez pessoas no planeta e fornece meios de subsistência a centenas de milhões de pessoas.

António Guterres disse ser “imperativo” a reconstrução do setor, mas lembrou que isso deve ser feito de forma segura, equitativa e favorável ao clima; acesse aqui o documento e o vídeo.

O turismo é muito mais do que visitar marcos culturais ou nadar em praias tropicais. Trata-se de “um dos setores econômicos mais importantes do mundo”, disse nesta terça-feira (25) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Ao lançar o seu mais recente relatório, Guterres destacou que a indústria emprega uma em cada dez pessoas no planeta e fornece meios de subsistência a centenas de milhões de pessoas.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), de 100 a 120 milhões de empregos diretos no turismo estão em risco. E a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) prevê uma perda de 1,5 a 2,8% do PIB global.

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Além disso, nos primeiros cinco meses do ano, as chegadas de turistas internacionais diminuíram em mais da metade e foram perdidos cerca de 320 bilhões de dólares em exportações neste setor.

“O turismo impulsiona as economias e permite que os países prosperem. Permite que as pessoas vivenciem algumas das riquezas culturais e naturais do mundo e as aproxima umas das outras, evidenciando a nossa humanidade comum. Na verdade, podemos dizer que o turismo é em si uma das maravilhas do mundo”, disse o chefe da ONU.

Destacando a situação dos trabalhadores do setor de turismo, Guterres lembrou que muitos deles se encontram na economia informal ou em micro, pequenas e médias empresas, que empregam uma elevada proporção de mulheres e jovens.

Segundo a ONU, a crise é um grande choque para as economias desenvolvidas, mas para os países em desenvolvimento é uma “emergência”, especialmente para muitos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e países africanos.

“Para as mulheres, as comunidades rurais, os povos indígenas e muitas outras populações, historicamente marginalizadas, o turismo tem sido um veículo de integração, capacitação e geração de rendimento”, lembrou ele.

A ONU aponta ainda que o setor é um pilar fundamental para a conservação do patrimônio natural e cultural.

“A queda nas receitas levou ao aumento da caça predatória e à destruição de habitats dentro e ao redor das áreas protegidas, e o fechamento de muitos locais classificados como Patrimônio Mundial privou as comunidades de meios de subsistência vitais”, disse António Guterres, que disse ser “imperativo” a reconstrução do setor.

Apesar disso, ele lembrou que isso deve ser feito de forma segura, equitativa e favorável ao clima.

“As emissões de gases de efeito estufa relacionadas com os transportes podem subir acentuadamente se a recuperação não estiver alinhada com as metas climáticas. Apoiar os milhões de meios de subsistência que dependem do turismo significa construir uma experiência de viagem sustentável e responsável que seja segura para as comunidades anfitriãs, para os trabalhadores e para os viajantes”, disse.

A ONU identificou cinco áreas prioritárias para ajudar na recuperação: a mitigação dos impactos socioeconômicos da crise; a criação de resiliência em toda a cadeia de valor do turismo; maior uso de tecnologia no setor; promoção da sustentabilidade e do crescimento verde; e promoção de parcerias para permitir que o turismo apoie ainda mais os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“Vamos assegurar que o turismo recupere a sua posição de criador de empregos dignos, de rendimentos estáveis e de protetor do nosso patrimônio cultural e natural”, concluiu.

Fonte: ONU Brasil

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