Comunidades indígenas, rurais e ribeirinhas do norte do Brasil estão entre as populações mais vulneráveis e sofrem com a propagação do coronavírus. Com limitações econômicas e de transporte, o acesso à saúde e a produtos de higiene e de limpeza para auxiliar na prevenção da COVID-19 ficou comprometido.

Para ajudar na proteção dessas populações e no acesso a atendimentos médicos, reforçando a resposta à COVID-19, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) está realizando diversas ações voltadas para a promoção de higiene, saneamento e de comunicação, além de oferecer atendimentos médicos em parceria com a rede de saúde local. As ações acontecem em Roraima e no Amazonas.

Insumos da OIM são entregues para comunidades ribeirinhas do norte do país

Insumos da OIM são entregues para comunidades ribeirinhas do norte do país

Foto | Daniel Boechat

Comunidades indígenas, rurais e ribeirinhas do norte do Brasil estão entre as populações mais vulneráveis e sofrem com a propagação do coronavírus. Com limitações econômicas e de transporte, o acesso à saúde e a produtos de higiene e de limpeza para auxiliar na prevenção da COVID-19 ficou comprometido.

Para ajudar na proteção dessas populações e no acesso a atendimentos médicos, reforçando a resposta à COVID-19, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) está realizando diversas ações voltadas para a promoção de higiene, saneamento e de comunicação, além de oferecer atendimentos médicos em parceria com a rede de saúde local. As ações acontecem em Roraima e no Amazonas.

À margem do rio Negro, principal afluente do Amazonas, uma das comunidades indígenas beneficiadas é a de São João do Tupé, onde os moradores têm recebido materiais de limpeza e itens de higiene pessoal nos últimos meses. A 25 quilômetros da capital do estado, Manaus, a comunidade também passou a receber atendimentos regulares realizados em parceria entre a Secretaria de Saúde de Manaus e a OIM.

“Atualmente há 102 famílias na comunidade. Todas essas doações são importantes para suprir a falta de higiene, ajudando a desinfectar os domicílios e manter a limpeza pessoal. Muitas famílias estavam precisando. Estávamos preocupados, pois hoje em dia está muito difícil ir até a cidade”, relatou a moradora Cleiciane de Souza.

Em decorrência da pandemia, as equipes da OIM seguem os cuidados determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e evitam aglomerações. Dessa forma, os kits são entregues para pontos focais de cada comunidade que, voluntariamente, ficam responsáveis pela distribuição para os moradores. A ação evita o contato direto com a população e diminui as chances de transmissão da doença.

Em conjunto com as entregas dos kits, um material informativo sobre higiene pessoal e cuidados de prevenção é enviado para os beneficiários. Palestras para profissionais de saúde locais também são organizadas com intuito de que eles possam repassar o conhecimento para a comunidade. Em alguns casos, respeitando os protocolos de prevenção, também são realizadas sessões informativas sobre o uso de máscaras, lavagem de mãos e orientações para manter hábitos saudáveis.

Funcionário da OIM entrega kits para moradores do norte do país

Funcionário da OIM entrega kits para moradores do norte do país

Foto | Daniel Boechat

As atividades incluem ainda a instalação de estações de lavagem de mãos, sendo cinco no Amazonas, com duas delas destinadas para comunidades ribeirinhas. Já em Roraima, serão 14 lavatórios, oito para Unidades Básicas de Saúde e seis para comunidades indígenas. Ao todo, a expectativa é que mais de 13 mil pessoas sejam beneficiadas com as estações.

As ações englobam ainda a melhoria das estruturas de saúde, reforçando a capacidade local da rede de atendimento. Doações de insumos médicos e odontológicos em uma comunidade indígena em Roraima, por exemplo, permitiram equipar uma Unidade de Saúde recém inaugurada que ainda aguardava itens como macas e cadeiras de rodas.

“Os materiais vão beneficiar a nossa comunidade e outras que precisam de atendimentos na nossa Unidade de Saúde. Não é só para nós, é para a população indígena em geral”, disse o líder da comunidade, José dos Santos.

As ações em saúde para comunidades indígenas e ribeirinhas brasileiras devem alcançar cerca de 17 mil pessoas ao longo de cinco meses. As atividades são realizadas com apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Fonte: ONU Brasil

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