Unitaid quer preencher as lacunas por estarem assegurados apenas 15% dos 192 milhões de testes necessários
Foto: Aliança da Saúde Pública/Ucrânia –
Unitaid quer preencher as lacunas por estarem assegurados apenas 15% dos 192 milhões de testes necessários

Unaids afirma que identificação de variante fornece evidências da urgência em conter pandemia e ampliar acesso à testes e tratamento; dados apontam que cerca de 10 milhões de pessoas vivendo com o vírus não estão em terapia antirretroviral; cepa responde a tratamentos existentes.

O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, divulgou que pesquisas recém-publicadas na Holanda revelaram a existência de uma variante mais transmissível e prejudicial do HIV. 

De acordo com os dados, pessoas que vivem com o subtipo de HIV experimentam o dobro da taxa de declínio do sistema imunológico, têm cargas virais de HIV mais altas e são vulneráveis a desenvolver Aids duas a três vezes mais rápido após o diagnóstico do que com outras cepas do vírus. 

Atualmente, 38 milhões de pessoas vivem com o vírus da Aids.
Unicef/Karin Schermbrucke – Atualmente, 38 milhões de pessoas vivem com o vírus da Aids.

Descoberta

O estudo, liderado por pesquisadores do Big Data Institute da Universidade de Oxford, foi o primeiro a descobrir o subtipo B do vírus. A pesquisa também revela que a variante circula na Holanda há anos e responde aos tratamentos existentes.

Segundo o Unaids, a pandemia de HIV deixa uma vítima por minuto e os cientistas se preocupam com a evolução de novas variantes mais transmissíveis. A variante recém-identificada não representa uma grande ameaça à saúde pública, mas reforça a urgência de acelerar os esforços para conter a pandemia do HIV.

O diretor executivo adjunto do programa, Eamonn Murphy, afirma que 10 milhões de pessoas que vivem com HIV em todo o mundo ainda não estão em tratamento, “alimentando a disseminação contínua do vírus e o potencial para outras variantes”. 

Para ele, é necessário implementar inovações médicas de ponta para alcançar comunidades mais necessitadas. Eamonn Murphy adiciona que tanto no tratamento do HIV como no acesso às vacinas de Covid-19, as desigualdades no acesso estão perpetuando as pandemias e prejudicando a todos.

Chegada do terceiro ano da pandemia e da quinta década da Aids ressalta a necessidade de se assegurar o direito à saúde
Foto: Aliança da Saúde Pública / Ucrânia – Chegada do terceiro ano da pandemia e da quinta década da Aids ressalta a necessidade de se assegurar o direito à saúde

Transmissão

De acordo com os dados do Unaids, o HIV continua sendo a pandemia mais mortal do nosso tempo. O programa estima que 79 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus, para o qual ainda não há vacina nem cura. 

Cerca de 36 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids desde o início da pandemia e 1,5 milhão de pessoas foram infectadas com HIV em 2020. 

Atualmente, das 38 milhões de pessoas que vivem com HIV, 28 milhões estão em terapia antirretroviral. O tratamento salva vidas e previne a transmissão do vírus.

Fonte: ONU NEWS

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