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Ensino na Escola Municipal Indígena Wazare, no Mato Grosso. Foto: Guto Martins/Funai

Aeducação é defendida e tratada como prioridade por lideranças da etnia Haliti-Paresi de Campo Novo do Parecis, no estado do Mato Grosso. O incentivo é para que os jovens concluam o ensino superior e possam aplicar os conhecimentos adquiridos nos trabalhos desenvolvidos nas aldeias. Neste Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresenta um pouco da história desses indígenas que apostam na educação como peça fundamental para melhorar a qualidade de vida de suas famílias.

Na aldeia Wazare, localizada na Terra Indígena Utiariti, os estudos começam cedo, com crianças de diferentes idades dividindo a sala de aula. Lideranças indígenas locais construíram há 10 anos a Escola Municipal Indígena Wazare, que recebe crianças indígenas e não indígenas da região. O ensino é conduzido pela professora Valdirene Avelino que, além de temas como matemática, geografia, português e história, também ensina a língua tradicional da etnia, “Aruak”, uma forma de manter as tradições culturais entre as crianças.

A professora destaca a presença do ensino bilíngue em todas as escolas indígenas da região, cumprindo um papel importante no processo intercultural. De acordo com Valdirene, eles trabalham com livro próprio no idioma da etnia e também com materiais em português para que os jovens tenham pleno domínio da língua quando forem estudar na cidade. Em torno de sete alunos participam diariamente das aulas e também são ensinados a lidar com o plantio de mudas, a preservar o meio ambiente e manter os costumes indígenas.

Retorno às aldeias após conclusão da faculdade

Centenas de jovens indígenas da etnia Haliti-Paresi buscam o acesso ao ensino superior em cidades próximas de suas aldeias já com um objetivo em mente: retornar à terra indígena para trabalhar, após a conclusão da faculdade, e aplicar o conhecimento adquirido em sua própria comunidade.

São inúmeros exemplos de casos bem-sucedidos nas aldeias próximas ao município de Campo Novo do Parecis, agora com indígenas professores, enfermeiros, médicos, engenheiros, farmacêuticos, advogados, entre outras formações.

Papel da Funai

De acordo com a legislação, os indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária.

A coordenação nacional das políticas de Educação Escolar Indígena é de competência do Ministério da Educação, cabendo aos Estados e municípios a execução.

Para garantir esse direito fundamental, a Funai atua com o objetivo de contribuir na qualificação dessas políticas e de, junto aos indígenas, monitorar seu funcionamento e eventuais impactos.

Assessoria de Comunicação/Funai

Fonte: Fundação Nacional do Índio

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