Uma criança recebe uma vacina durante uma campanha nacional de imunização no Iêmen.

© Unicef/Saleh Hayyan Uma criança recebe uma vacina durante uma campanha nacional de imunização no Iêmen.

Relatório da Organização Mundial da Saúde e Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos aponta que crianças são principais vítimas; em 2022, 37 países enfrentaram surtos significativos; Angola e Brasil entre países que maioria das crianças perderam a primeira dose da vacina no último ano.

Segundo um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, CDC, com anos de declínio na cobertura de vacinação contra o sarampo, os casos da aumentaram em 18% em 2022.

Em comparação com o ano passado, as mortes aumentaram em 43% globalmente, elevando o número estimado de casos de sarampo para 9 milhões e as mortes para 136 mil, sendo as principais vítimas as crianças.

Uma criança recebeu uma vacina de um trabalhador do Departamento de Saúde no bairro de Ghwairan, na cidade de Hasakeh, nordeste da Síria, em 26 de outubro de 2022.

© Unicef/Delil Souleiman Uma criança recebeu uma vacina de um trabalhador do Departamento de Saúde no bairro de Ghwairan, na cidade de Hasakeh, nordeste da Síria, em 26 de outubro de 2022.

Sarampo em crianças

O sarampo continua a representar uma ameaça crescente e implacável para as crianças. 

Em 2022, 37 países enfrentaram surtos de sarampo significativos ou disruptivos, em comparação com 22 nações em 2021. Dos países que enfrentaram surtos, 28 estavam na Região da OMS para a África, seis no Mediterrâneo Oriental, dois no Sudeste Asiático e um na Região Europeia.

O diretor da Divisão Global de Imunização do CDC, John Vertefeuille, explica que o aumento nos surtos e mortes por sarampo é alarmante, mas destaca que “infelizmente não é inesperado”, com a queda nas taxas de vacinação dos últimos anos. 

De acordo com ele, casos da doença em qualquer lugar representam um risco para todos os países e comunidades onde as pessoas não estão imunizadas. 

Vertefeuille adiciona que esforços urgentes e direcionados são fundamentais para prevenir a doença e as mortes por sarampo.

Duas doses de prevenção

A OMS afirma que o sarampo é prevenível com duas doses da vacina contra a doença. 

Embora tenha ocorrido um aumento modesto na cobertura global de vacinação em 2022 em relação a 2021, ainda houve 33 milhões de crianças que perderam uma dose da vacina contra o sarampo. 

Quase 22 milhões perderam a primeira dose e mais 11 milhões perderam a segunda dose. 

A taxa global de cobertura vacinal da primeira dose, de 83%, e da segunda dose, de 74%, ainda está bem abaixo da cobertura de 95% com duas doses necessárias para proteger as comunidades contra surtos.

Campanha de imunização contra o sarampo está atrasada em vários países.

OMS Campanha de imunização contra o sarampo está atrasada em vários países.

Países de baixa renda

Os países de baixa renda, onde o risco de morte por sarampo é maior, continuam a ter as taxas de imunização mais baixas, apenas 66%, um índice que não apresenta recuperação alguma do retrocesso durante a pandemia. 

Dos 22 milhões de crianças que perderam a primeira dose da vacina contra o sarampo em 2022, mais da metade vive em apenas 10 países: Angola, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagascar, Nigéria, Paquistão e Filipinas.

A diretora da OMS para Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos, Kate O’Brien, afirma que a falta de recuperação na cobertura vacinal contra o sarampo nos países de baixa renda após a pandemia é um sinal de alerta para ação.

Ela adiciona que o sarampo é chamado de “vírus da desigualdade” pois a doença encontra e ataca aqueles que não estão protegidos. Para O’Brien, crianças em todos os lugares têm o direito de serem protegidas pela vacinação vidas contra o sarampo, não importa onde vivam.

O CDC e a OMS pedem aos países que imunizam todas as crianças contra o sarampo e outras doenças preveníveis por vacinação.

As entidades ainda encorajam os parceiros globais a ajudarem os países a vacinarem suas comunidades mais vulneráveis. 

Além disso, para ajudar a prevenir surtos, todos os parceiros globais de saúde nos níveis global, regional, nacional e local devem investir em sistemas robustos de vigilância e capacidade de resposta a surtos para detectar e responder rapidamente aos surtos.

Fonte: ONU NEWS

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