O Presidente da FCP João Jorge Rodrigues participou da cerimônia. Antônio Alberto Lopes, diretor eleito, ingressou como professor na instituição em 1980 e é membro da Academia de Medicina da Bahia

APÓS MAIS DE 200 ANOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA TEM PRIMEIRO DIRETOR NEGRO NA FACULDADE DE MEDICINA
Foto: Marina Silva/CORREIO

A Fundação Cultural Palmares, por intermédio do Presidente João Jorge Rodrigues, participou nesta segunda-feira, 14 de agosto de 2023, da cerimônia de posse de Antônio Alberto Lopes, como diretor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a qual após mais de 200 anos de fundação, o elegeu no cargo o primeiro diretor negro.

O Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia foi palco do evento que reuniu um número alto de telespectadores para a cerimônia de posse. Estiveram presentes autoridades, familiares e movimentos sociais, dentre eles, movimentos negros de expressão, como o Movimento Negro Unificado da Bahia (MNU-BA).

O diretor eleito ingressou como professor na instituição em 1980 e é membro da Academia de Medicina da Bahia. Além disso, ele é titular do Departamento de Medicina Interna e Apoio Diagnóstico da UFBA. Em seu discurso, ressaltou o papel da coletividade para conseguir avanços para a instituição.

”Estou confiante de que com a colaboração de todos iremos elevar a Faculdade de Medicina da Bahia a outros patamares. Eu acredito que a nossa união resultará no crescimento da FMB e da Universidade, capacitando-nos para transformar nossos esforços e compromissos em benefícios para todos”, disse.

Durante a campanha eleitoral, que teve início em 28 de abril, o professor foi alvo de ataques racistas, o que levou à denúncia à ouvidoria da universidade, reforçando o papel importante de discutir-se acerca do que significa ser um intelectual negro.

Sua designação como diretor representa um passo importante para a igualdade racial em um espaço de poder, pois ele torna-se o primeiro líder a ocupar o cargo após 200 anos. Sendo porta voz para o processo de diversificação da representatividade na área da Medicina, tornando-se modelo para futuras gerações.

O presidente João Jorge Rodrigues definiu a eleição como um marco indispensável para a história da Medicina com o Brasil, com a África e com o Caribe.  Assim, como Juliano Moreira e tantos outros médicos que construíram seu legado, Antônio Alberto Lopes, escreve uma nova página para a história do povo intelectual negro brasileiro.

Por Fundação Cultural Palmares.

Fonte: Portal do Governo Federal

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