Agropecuária é quase 1/3 do PIB brasileiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o PIB Brasileiro na última sexta-feira, 4 de fevereiro. Ele cresceu 4,6% e bateu em R$ 8,7 trilhões

Na avaliação de especialistas, o crescimento foi puxado pela recuperação de vários setores da economia. A agropecuária se manteve quase imóvel em relação a 2020, com queda mínima de 0,2%, graças a fortes geadas e estiagens observadas no período. De qualquer forma, mostrou seu vigor, com participação em torno de 28%, ou seja, mais de R$ 2,4 trilhões (números ainda não oficializados).

O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, computados em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas. Apenas para exemplificar e trazer compreensão, se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados. O PIB não é o total da riqueza existente em um país. Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de que o PIB seria um estoque de valor que existe na economia, como uma espécie de tesouro nacional.

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Reação do Agronegócio no 4º trimestre

No último trimestre divulgado (4º trimestre de 2021), o valor do PIB foi de R$ 2 257,7 bilhões. Neste período, a agropecuária cresceu 5,8% e melhorou em muito seu resultado final, dando dimensão da sua força na economia brasileira. Apesar do crescimento anual da produção de soja (11%), trigo (26,9%), batata (12,1%), cacau (10,6%) e uva (20,2%).

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No entanto, culturas importantes da lavoura registraram queda na estimativa de produção e perda de produtividade em 2021, como a cana-de-açúcar (-10,1%), milho (-15,0%) e o café (-21,1%). O baixo desempenho da pecuária é explicado, principalmente, pela queda nas estimativas de produção dos bovinos e de leite.

Outro destaque foi a geração de empregos, pelo setor. A agropecuária gerou 140,9 mil novos postos de trabalho em todo o País, em 2021, fazendo o maior saldo de vagas desde 2011, segundo cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Além da pandemia e dos gargalos no fornecimento de algumas cadeias globais de produção que impactam negativamente o crescimento econômico mundial, o Brasil ainda foi prejudicado em outras duas situações específicas: a maior crise hídrica em quase 100 anos e o contratempo climático que afeta diferentes segmentos do setor agropecuário.

Fonte: Mundo Agro Brasil – MAB

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