A ação climática é urgente e demanda esforços e cooperação em todos os níveis e setores.
Com o objetivo de discutir esta agenda e a importância do Acordo Ambiental de São Paulo no cenário internacional, a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, Denise Hamú, participou de uma live na segunda-feira (19) com o encarregado de negócios da Embaixada da França no Brasil, Gilles Pecassou, a cônsul-geral Interina do Reino Unido em São Paulo, Lisa Weedon, e a diretora-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Patrícia Iglecias.
O encontro virtual integra o SP Global Meetings, uma série de webinários que tem reunido especialistas, nacionais e internacionais, para discutir temas importantes para o Brasil.
Denise Hamu, do PNUMA, participou de evento virtual para discutir Acordo Ambiental de São Paulo
Foto | PNUMA
A ação climática é urgente e demanda esforços e cooperação em todos os níveis e setores. Com o objetivo de discutir esta agenda e a importância do Acordo Ambiental de São Paulo no cenário internacional, a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, Denise Hamú, participou de uma live na segunda-feira (19) com o encarregado de negócios da Embaixada da França no Brasil, Gilles Pecassou, a cônsul-geral Interina do Reino Unido em São Paulo, Lisa Weedon, e a diretora-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Patrícia Iglecias.
O encontro virtual integra o SP Global Meetings, uma série de webinários que tem reunido especialistas, nacionais e internacionais, para discutir temas importantes para o Brasil. A moderação foi feita pelo secretário de Relações Internacionais de São Paulo, Julio Serson.
O Acordo Ambiental de São Paulo tem como objetivo incentivar empresas paulistas a assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito estufa, a fim de limitar o aquecimento global em até 2ºC – e, com isso, evitar consequências catastróficas para as pessoas e o planeta. A adesão é voluntária e renovada automaticamente até 2030. “Hoje, nós temos 130 aderentes do acordo”, explicou Iglecias.
A representante do PNUMA falou sobre a importância da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA), que reúne a cada dois anos os 193 países para definir políticas públicas ambientais globais. “Não podemos fazer nada sozinhos. A UNEA é uma instância multilateral formal que compreende todos os estados- membros”, afirmou. Denise Hamú abordou as 17 convenções ambientais multilaterais recepcionadas pelo PNUMA – como a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) e a Convenção para Combate à Desertificação – e destacou o papel de atores subnacionais, como do governo de São Paulo, na agenda climática.
Gilles Pecassou falou sobre o Acordo de Paris, assinado por 196 Estados e que apresenta metas ambiciosas para combater as mudanças climáticas. “A assinatura desse acordo foi com certeza um momento histórico, mas a luta pelo clima precisa de mais do que um momento. Precisa de constância, duração e mobilização de todos os atores envolvidos”.
Para o porta-voz da Embaixada da França, a crise climática está abalando “certezas e hábitos”. “Isso nos desafia a fazer as coisas de modo diferente. Eu acho que seria um erro colocar a vontade contra a ciência, a União contra os governos locais, o setor público contra o setor privado. É em conjunto, através de esforços compartilhados, que reduziremos nossas emissões de gases de efeito estufa”, afirmou Giles Pecassou.
O principal foro multilateral para coordenar esforços de combate, mitigação e adaptação às mudanças climáticas é a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês). O próximo encontro das partes da Convenção, a COP 26, será realizada em 2021 na cidade de Glasgow, na Escócia. Para o representante do Reino Unido, que está com a presidência, “a COP 26 será bem-sucedida se conseguirmos concluir as negociações dos trechos finais do Acordo de Paris”. “Principalmente se conseguirmos dar uma guinada para implementação de ação no mundo real, ou seja, tirar o Acordo de Paris do papel”, afirmou Lisa Weedon.
Setor Privado – Sobre o papel da iniciativa privada, Denise Hamú salientou que o pilar econômico é uma das bases do desenvolvimento sustentável. “Nós queremos uma equação ganha-ganha. O setor privado é fundamental. Existem hoje consumidores muito mais exigentes que querem saber a origem dos produtos, o que tem promovido uma série de mudanças nas empresas. Temos que ter um consumo consciente, uma produção sustentável”, ponderou. Para a representante do PNUMA, é necessário “interação, colaboração, interdependência e complementariedade dos setores econômicos”. “E, principalmente, ter as empresas muito engajadas e comprometidas com a mudança”, afirmou.
No encerramento, a representante do PNUMA ressaltou o senso de urgência em todas as ações da agenda ambiental. “Nós não podemos mais ficar só conversando, nós precisamos implementar as decisões que foram tomadas diante de um custo altíssimo, por conta de todas as discussões multilaterais. […] A despeito de todas as dificuldades, esse senso de urgência é o que está na pauta do dia”.
Fonte: ONU Brasil